PESQUISAS-CARDÁPIO



PESQUISAS ABAIXO:

1- ARROZ E MANDIOCA
2 - ARROZ CARRETEIRO
3 - CARNE SECA E CARNE DE SOL DIFERENÇAS
4 - CARRETEIRO DE OVELHA
5 - CHURRASCO
6 - ESPINHAÇO DE PORCO E POLENTA
7 - FEIJOADA
8 - MASSAS
9 - MOCOTÓ
10 - PANQUECA
11 - PIROGUE
12 - PUCHERO GAÚCHO
13 - VACA ATOLADA

1 - ARROZ - 25/10/2014
O arroz (constituído por sete espécies, Oryza barthii, Oryza glaberrima, Oryza latifolia, Oryza longistaminata, Oryza punctata, Oryza rufipogon e Oryza sativa) é uma planta da família das gramíneas que alimenta mais da metade da população humana do mundo. É a terceira maior cultura cerealífera do mundo, apenas ultrapassada pelas de milho e trigo. É rico em hidratos de carbono.
Para poder ser cultivado com sucesso, o arroz necessita de água em abundância, para manter a temperatura ambiente dentro de intervalos adequados, e, nos sistemas tradicionais, de mão-de-obra intensiva. Desenvolve-se bem mesmo em terrenos muito inclinados [carece de fontes] e é costume, nos países do sudeste asiático, encontrarem-se socalcos(terraceamento) onde é cultivado. Em qualquer dos casos, a água mantém-se em constante movimento, embora circule a velocidade muito reduzida.

MANDIOCA

Macaxeira (do tupi-guarani maka'xera "espíritos dos caminhos e das obras" ou "demônio")1 ou ainda aipim,2 mandioca-mansa,3 e pão-de-pobre4 são nomes populares brasileiros da planta Manihot esculenta. Essas denominações são atribuídas às raízes da mesma planta ou espécie mas que apresentam baixa toxicidade2 enquanto as plantas que contém maior teor de toxicidade são denominadas como mandioca.5
A macaxeira é usada in natura sendo apenas cozida, assada ou frita.6 seu cultivo é feito por covas a partir de seu caule.

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2 - ARROZ CARRETEIRO



O arroz de carreteiro,1 ou simplesmente carreteiro, é um prato típico da Região sul do Brasil (embora, atualmente, já esteja incorporado à cozinha brasileira, sendo comum saboreá-lo em todo o país). É feito de arroz ao qual se adiciona carne-seca ou carne de sol desfiada ou picada, às vezes paio e linguiça em pedaços, refogados em bastante gordura, com alho, cebola, tomate e cheiro-verde.2 Nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil, é também conhecido como maria-isabel, e preparado com carne de sol.
História
Surgiu quando os carreteiros (transportadores de cargas) que atravessavam o sul do Brasil em carretas puxadas por bois coziam, em panela de ferro, uma mistura de charque picada (guisado) com arroz.3 Trata-se de um prato prático que, por sua simplicidade, podia ser preparado pelo viajante solitário, que somente poderia comer um churrasco (que é feito de carne fresca) em um paradouro depois de muitos dias de viagem.
Sem contar com geladeira, o carreteiro valia-se da carne de sol, que, no Rio Grande do Sul, é conhecida como charque (preparado nas charqueadas). Esta se conservava durante os muitos dias de viagem empreendidos pelo carreteiro transportador de cargas. Este, diferente dos mascates, que, em geral, se valiam de carroças puxadas por cavalos, não ia de casa em casa ou de estância em estância, mas seguia entregando suas cargas pelo menor curso direto ao destino.
Elaborado originalmente à base de charque e arroz e tradicionalmente preparado em panela de ferro, é um dos principais pratos da culinária gaúcha.4
Todavia, nos tempos modernos, os gaúchos (ou rio-grandenses) preparam o arroz com carne moída ou sobras de churrasco e o chamam de "carreteiro" em alusão ao nome original "arroz de carreteiro".
Diferença entre carne seca e carne de sol:
A principal diferença é que a carne-seca, como o nome dá a entender, é mais seca que a carne-de-sol. E também mais salgada. A carne-seca tem um teor de umidade de aproximadamente 45% e até 15% de sal; a umidade da carne-de-sol atinge 70%, com 5% ou 6% de sal. A carne-de-sol, diferentemente do que o nome dá a entender, não é exposta aos raios solares. “Os cortes do traseiro do boi são salgados e deixados para secar por 2 ou 3 horas em um lugar coberto, de preferência com vento.
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3 - CARNE SECA E CARNE DE SOL DIFERENÇAS
A carne-de-sol, diferentemente do que o nome dá a entender, não é exposta aos raios solares. “Os cortes do traseiro do boi são salgados e deixados para secar por 2 ou 3 horas em um lugar coberto, de preferência com vento.

A principal diferença é que a carne-seca, como o nome dá a entender, é mais seca que a carne-de-sol. E também mais salgada. A carne-seca tem um teor de umidade de aproximadamente 45% e até 15% de sal; a umidade da carne-de-sol atinge 70%, com 5% ou 6% de sal. A carne-de-sol, diferentemente do que o nome dá a entender, não é exposta aos raios solares. “Os cortes do traseiro do boi são salgados e deixados para secar por 2 ou 3 horas em um lugar coberto, de preferência com vento”, diz Aguifá Lira Dantas, secretário da Agricultura de Picuí, Paraíba (autodenominada capital mundial da carne-de-sol, que “exportou” nativos e seus restaurantes para todo o Brasil).
A baixa umidade do ar é indispensável para a obtenção de um bom produto – eis uma das razões por que o sertão nordestino é o ambiente ideal para secar a carne. A outra é o know-how dos sertanejos. “O que importa é ter o macete da quantidade de sal e do tempo de secagem. Já a carne, a gente traz muita do sul do país”, afirma Aguifá. O processo de secagem da carne-seca (também chamada de charque ou jabá) inclui – veja só – uma etapa em que as mantas de carne são estendidas ao sol. Graças à extrema desidratação, ela pode durar até 4 meses em temperatura ambiente, contra os 4 dias da carne-de-sol.
Na cozinha, a carne-seca precisa ficar de molho para dessalgar e reidratar. O preparo da carne-de-sol é mais simples. Segundo o picuiense Aguifá, é “só lavar e pôr na brasa”.
Marcos Nogueira
Revista Superinteressante
Novembro de 2006
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4 - CARRETEIRO DE OVELHA
CARRETEIRO DE OVELHA - CORDEIRO
O ARROZ DE CARRETEIRO:Elaborado originalmente à base de charque e arroz e tradicionalmente preparado em panela de ferro, é um dos principais pratos da culinária gaúcha.4
Todavia, nos tempos modernos, os gaúchos (ou rio-grandenses) preparam o arroz com carne moída ou sobras de churrasco e o chamam de "carreteiro" em alusão ao nome original "arroz de carreteiro".

A ovelha (Ovis aries) é um mamífero ruminante bovídeo da sub-família Caprinae. Um carneiro é uma ovelha macho e os juvenis são cordeiros, anhos ou borregos. É um animal de enorme importância econômica como fonte de carne, laticínios, lã e couro.

O Carneiro, a ovelha e o cordeiro são da mesma espécie dos ovinos; já as cabras, cabritos e bodes são da espécie dos caprinos e há, visivelmente, muita diferença entre ambas as espécies a começar pelo sabor da carne e também da fase de vida infanto e adulta...
O carneiro e um ovino já de fase adulta com mais de um ano de idade, quando já está apto para realizar a cruza com a fêmea... O cordeiro, por outro lado, permanece cordeiro, até um ano de idade, pois nessa fase não tem interesse nenhum pela cruza... Entendem? O mesmo acontece com os caprinos.... O cabrito é o correspondente ao cordeiro em sua fase imatura para o sexo, enquanto o bode é o correspondente do Carneiro em sua fase adulta, prontos para a procriação.

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5 - CHURRASCO
Churrasco é o nome dado ao prato feito a base de carne in natura ou processada, assada sobre fogo ou brasas, com a utilização de estacas de madeira ou metal — chamados de espetos — ou de grelhas.
Não existe referência exata sobre a origem do churrasco, mas presume-se que a partir do domínio do fogo na pré-história, o homem passou a assar a carne de caça quando percebeu que o processo a deixava mais macia.[1]
Os índios tupis sul-americanos, por exemplo, costumavam defumar a carne de caça sobre grelhas de madeira, no chamado moka'em, um antepassado do atual churrasco. A carne defumada desse modo se conservava apta para o consumo durante longo tempo[2] .
Com o tempo, as técnicas foram sendo aperfeiçoadas, principalmente entre os caçadores e criadores de gado, dependendo sempre do tipo de carne e lenha disponíveis.
Na América do Sul a primeira grande área de criação de gado foi o pampa, uma extensa região de pastagem natural que compreende parte do território do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, além da Argentina e Uruguai. Foi ali que os vaqueiros, conhecidos como gaúchos, tornaram o prato famoso e típico.[3]
A carne assada era a refeição mais fácil de se preparar quando se passava dias fora de casa, bastando uma estaca de madeira, uma faca afiada, um bom fogo e sal grosso, ingrediente abundante e que é utilizado também como complemento alimentar do gado.
A partir dali o costume cruzou as regiões e se tornou um prato nacional, multiplicando-se as formas de preparo, o que gera entre os adeptos muita discussão sobre o verdadeiro churrasco, como por exemplo a utilização de lenha ou carvão, de espeto ou grelha, temperado ou não, com sal grosso ou refinado, de gado, suíno, aves ou frutos do mar.
O correto é afirmar que não existe fórmula exata, uma vez que cada região desenvolveu um tipo diferente de carne assada, mas, sem dúvidas, a imagem mais famosa no Brasil é o churrasco preparado pelos vaqueiros, conhecidos pelo termo latino gaúcho, que se transformou na denominação dos cidadãos nascidos no estado do Rio Grande do Sul.[4]
Origem do nome
Palavra usada em português e também no espanhol dos países latinos para designar um pedaço de carne assada nas brasas.
O Dicionário da Academia Espanhola sugere[5] , – sem citar fontes, que seria um vocábulo de origem onomatopeica, presumivelmente do som que produz a gordura ao gotejar sobre a brasa.
Corominas, no entanto, afirma que churrasco originou-se em uma palavra muito antiga, anterior à presença dos romanos na Península Ibérica, que nos chegou vinda de sukarra (chamas de fogo, incêndio), formada por su (fogo) e karra (chama).
Este vocábulo apareceu primeiramente em castelhano sob a forma socarrar e, ao longo dos séculos, derivaram-se diversas variantes dialetais na Espanha, das quais a que nos interessa é churrascar, do andaluz e do leonês berceano, de onde provém a palavra churrasco. O etimologista Catalan cita também o chilenismo churrrasca.
A origem do churrasco no Brasil:
Originário do Rio Grande do Sul, o churrasco surgiu, no século XVII, nas imensidões dos pampas, quando essa parte do Brasil, disputada por castelhanos e paulistas, era ocupada por milhares de cabeças de gado selvagem, oriundas de Buenos Aires e de outras áreas da Argentina.
A princípio, o churrasco - como o conhecemos - era raríssimo, pois, naquela época, não havia a preocupação com o comércio da carne bovina, mas sim com a obtenção de couro e de sebo. Para isso, realizavam-se as vacarias - as matanças de gado. Os vaqueiros, depois de correrem, cercarem e matarem os bois, cortavam o pedaço mais fácil de partir e o assavam inteiro num buraco aberto no chão, temperando-o com a própria cinza do braseiro.

No final do século XVII, o churrasco tornou-se uma prática mais difundida, criando-se, assim, novas técnicas para o seu preparo. Surgiram os cortes especiais da carne, como a costela e a paleta. A generalização do hábito de comer churrasco acabou gerando diferentes estilos de consumo.
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6 - ESPINHAÇO DE PORCO E POLENTA
ESPINHAÇO DE PORCO OU SUÃ:
O suã de porco nada mais é que o espinhaço ou osso do lombo do animal. É uma parte com pouca carne que surge da retirada do lombinho, uma das partes mais nobres do porco
O que é Ossos carregados.
Estes ossos são a coluna vertebral do porco e saem do desossar do lombo. Mas claro que têm de estar "carregados", ou seja, quem desossa não pode ser somítico, senão em vez de ossos carregados fica com ossos para cão. Por vezes tem de se pedir de propósito, principalmente no Sul, onde não há grande tradição deste petisco.

POLENTA:
Antes da chegada de imigrantes italianos, já se consumia no Brasil uma forma de polenta de milho denominada angu, que pode ter a consistência de uma polenta firme ou cremosa, mas que nunca era grelhado ou frito. Existe, na Ilha da Madeira, um prato típico muito parecido, as papas de milho, que é consumido logo depois de cozido, a acompanhar peixe, ou então frito, a acompanhar a espetada madeirense de carne de vaca.
A polenta tem origem na região norte da Itália. Constituía a base alimentar (o prato mais consumido) da população e dos legionários romanos. Era feita principalmente de farinha de aveia, mas podiam ser utilizadas farinhas de outros cereais como o trigo.
Pouco depois da chegada dos espanhóis ao Caribe em 1492, o milho foi introduzido na Europa. Na Itália, o milho passou a ser cultivado primariamente no norte, onde as chuvas são abundantes. A partir de então é que a polenta passou a ser feita de farinha de milho.
A polenta de milho tornou-se o principal prato nas regiões de Veneza e Friuli, onde passou a substituir o pão (feito com trigo) e o macarrão. Inicialmente restrita a essas regiões, em pouco tempo a polenta passou a dominar todos os aspectos da culinária italiana.
Sua textura varia bastante, de firme nas regiões de Veneza e Friuli a cremosa na região de Abruzzi. A polenta sempre foi feita da mesma forma: com bastante esforço e paciência, misturando a pasta de milho em caldeirões de cobre aquecidos sobre o fogo.
Pode ser servida mole, dura, grelhada ou frita. Pode ser recheada com uma miríade de molhos ou outros ingredientes, acrescentados enquanto ela ainda está mole.
Antigamente considerada "comida de pobres", a polenta hoje é usada em diversas casas e restaurantes, sem essa conotação.
Recentemente, a indústria alimentícia lançou polentas pré-preparadas, para serem feitas em refeições instantâneas
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7 - FEIJOADA
FEIJOADA - CARDÁPIO DE 18/06/16
A Feijoada é um prato que consiste em guisado de feijão com carne, normalmente acompanhado com arroz. É um prato com origem no Norte de Portugal, e que, hoje em dia, constitui um dos pratos mais típicos da cozinha brasileira. Em Portugal, cozinha-se com feijão branco no noroeste (Minho e Douro Litoral) ou feijão vermelho no nordeste (Trás-os-Montes), e geralmente inclui também outros vegetais (tomate, cenouras ou couve) juntamente com a carne de porco ou de vaca, às quais se podem juntar chouriço, morcela ou farinheira.
No Brasil, é feita da mistura de feijões pretos e de vários tipos de carne de porco e de boi, e chega à mesa acompanhada de farofa, arroz branco, couve refogada e laranja fatiada, entre outros ingredientes. Em Portugal, esta versão da feijoada é conhecida como feijoada à brasileira,[1] [2] sendo também comum encontrá-la nos cardápios dos restaurantes portugueses, para além das feijoadas portuguesas.[3]
História
A explicação popular mais difundida sobre a origem da feijoada é a de que os senhores – das fazendas de café, das minas de ouro e dos engenhos de açúcar – forneciam aos escravos os "restos" dos porcos, quando estes eram carneados. O cozimento desses ingredientes, com feijão e água, teria feito nascer a receita. Tal versão, contudo, não se sustenta, seja na tradição culinária, seja na mais leve pesquisa histórica. Segundo Carlos Augusto Ditadi, especialista em assuntos culturais e historiador do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, em artigo publicado na revista Gula, de maio de 1998, essa alegada origem da feijoada não passa de lenda contemporânea, nascida do folclore moderno, numa visão romanceada das relações sociais e culturais da escravidão no Brasil.
O padrão alimentar do escravo não difere fundamentalmente no Brasil do século XVIII. Continuava tendo como base a farinha de mandioca ou de milho feita com água e mais alguns complementos, ou seja, o que fora estabelecido desde os primórdios. A sociedade escravista do Brasil, no século XVIII e parte do XIX, foi constantemente assolada pela escassez e carestia dos alimentos básicos, em decorrência da monocultura, da dedicação exclusiva à mineração e do regime de trabalho escravo, não sendo raros os óbitos por alimentação deficiente, incluindo a morte dos próprios senhores.
O escravo não podia ser simplesmente maltratado, pois custava caro e era a base da economia. Devia comer três vezes ao dia. Geralmente almoçava às 8 horas da manhã, jantava à 1 hora da tarde e ceava por volta de 8 ou 9 horas da noite. Nas referências históricas sobre o cardápio dos escravos, constatamos a presença inequívoca do angu de fubá de milho, ou de farinha de mandioca, além do feijão temperado com sal e gordura, servido muito ralo e a ocasional aparição de algum pedaço de carne de vaca ou de porco. Alguma laranja colhida do pé complementava o resto, o que evitava o escorbuto. Às vezes, em final de boa colheita de café, o capataz da fazenda podia até dar um porco inteiro aos escravos. Mas isso era exceção. Não existe nenhuma referência histórica reconhecida a respeito de uma humilde e pobre feijoada, elaborada no interior da maioria das tristes e famélicas senzalas.
Existe também um recibo de compra pela Casa Imperial, de 30 de abril de 1889, em um açougue da cidade de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, no qual se vê que consumiam-se carne verde, de vitela, carneiro, porco, linguiça, linguiça de sangue, fígado, rins, língua, miolos, fressura de boi e molhos de tripas. O que comprova que não eram só escravos que comiam esses ingredientes, e que não eram de modo algum "restos". Ao contrário, eram considerados iguarias. Em 1817, Jean-Baptiste Debret já relata a regulamentação da profissão de tripeiro, na cidade do Rio de Janeiro, que eram vendedores ambulantes, e que se abasteciam destas partes dos animais em matadouros de gado e porcos. Debret também informa que os miolos iam para os hospitais, e que fígado, coração e tripas (de vaca, bois e porcos) eram utilizados para se fazer o angu, comumente vendido por escravas de ganho ou forras nas praças e ruas da cidade. Dessa prática, surge o que, no Rio de Janeiro, se denomina "angu à baiana", principalmente porque leva, em sua composição, o azeite de dendê (azeite de palma).
Portanto, a sua criação e nome tem relação com modos de fazer portugueses, das regiões da Estremadura, das Beiras e de Trás-os-Montes e Alto Douro, que misturam feijão de vários tipos - menos o feijão preto (de origem americana) - linguiças, orelhas e pé de porco. De fato, os cozidos são comuns na Europa, como o cassoulet francês, que também leva feijão no seu preparo. Na Espanha, o cozido madrilenho e a fabada asturiana e, na Itália, a casseruola ou casserola milanesa são preparados com grão-de-bico. Aparentemente, todos estes pratos tiveram evolução semelhante à da feijoada, que foi incrementada com o passar do tempo, até se transformar no prato da atualidade. Câmara Cascudo observou que sua fórmula continua em desenvolvimento.
A feijoada já parece ser bem conhecida no início do século XIX, como atesta um anúncio, publicado no Diario de Pernambuco, na cidade do Recife, de 7 de agosto de 1833, no qual um restaurante, o Hotel Théâtre, recém-inaugurado, informa que às quintas-feiras seria servida "feijoada à brasileira". Em 3 de março de 1840, no mesmo jornal, o Padre Carapuceiro publicava um artigo, no qual dizia:
Nas famílias onde se desconhece a verdadeira gastronomia, onde se tomam rega-bofes, é prática usual e comezinha converter em feijoada os fragmentos do jantar da véspera, ao que chamam enterro dos ossos [...] Lançam-se em uma grande panela ou caldeirão restos de perus, de leitões assados, fatacões de toucinho e de presunto, além disto bons vassalhos de carne seca vulgo ceará, tudo vai de mistura com o indispensável feijão: fica tudo reduzido a uma graxa! [4]
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Em 1848, o mesmo Diário de Pernambuco já anunciava a venda de "carne de toucinho, própria para feijoadas, a 80 réis a libra". No dia 6 de janeiro de 1849, no Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro, é comunicado que a recém instalada casa de pasto "Novo Café do Commércio", junto ao botequim da "Fama do Café com Leite", servirá em todas as terças e quintas-feiras, a pedido de muitos fregueses, "A Bella Feijoada à Brazilleira".



A feijoada, de qualquer forma, se popularizou entre todas as camadas sociais no Brasil, sempre com espírito de festa e celebração, longe de rememorar escassez. Ficaram famosas na lembrança, aquelas preparadas no final do século XIX e início do XX, na cidade do Rio de Janeiro, pela baiana Tia Ciata.
E anteriormente, o escritor Joaquim José de França Júnior, em texto de 1867, descreve ficticiamente um piquenique no campo da Cadeia Velha, onde é servida uma feijoada com "(...) Lombo, cabeça de porco, tripas, mocotós, língua do Rio Grande, presunto, carne-seca, paio, toucinho, linguiças (...) ", e, em 1878, descreve uma "Feijoada em [Paquetá]", onde diz que: " (...) A palavra "feijoada", cuja origem perde-se na noite dos tempos d’El-Rei Nosso Senhor, nem sempre designa a mesma coisa. Na acepção comum, feijoada é a iguaria apetitosa e suculenta dos nossos antepassados, baluarte da mesa do pobre, capricho efêmero do banquete do rico, o prato essencialmente nacional, como o teatro do Pena, e o sabiá das sentidas endeixas de Gonçalves Dias. No sentido figurado, aquele vocábulo designa a patuscada, isto é, "uma função entre amigos feita em lugar remoto ou pouco patente" (...)".
Atualmente, espalha-se por todo o território nacional, como a receita mais representativa da cozinha brasileira. Revista, ampliada e enriquecida, a feijoada deixou de ser exclusivamente um prato. Hoje, como também notou Câmara Cascudo, é uma refeição completa.

Bibliografia

·  CASCUDO, Luís da Câmara (1983). História da Alimentação no Brasil 2ª ed. (Rio de Janeiro: Itatiaia).
·  DITADI, Carlos Augusto Silva - Cozinha Brasileira: Feijoada Completa- Revista Gula, n. 67, Editora Trad, São Paulo. 1998.
·  EL-KAREH, Almir Chaiban - A vitória da feijoada - Niterói : Editora da UFF, 2012. ISBN 978-85-228-0665-2.
·  ELIAS, Rodrigo - Breve História da Feijoada - Revista Nossa História, ano 1, n. 4, Editora Vera Cruz, São Paulo. Fevereiro de 2004. http://www.scribd.com/doc/28427028/Historia-da-Feijoada
·  FIGUEIREDO, Guilherme - Comidas, Meu Santo - Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira. 1964.
·  FRANÇA JÚNIOR, Joaquim José da. Histórias e Paisagens do Brasil. Sd.
·  FRANÇA JÚNIOR, Joaquim José da. Política e Costumes; Folhetins Esquecidos (1867-1868). Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 1957. Coleção Vera Cruz, 6.
·  NAVA, Pedro, - Baú de Ossos, Memórias 1 - 4ª ed. Rio de Janeiro : Livraria José Olympio Editora. 197
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8 - MASSAS

MASSAS ALIMENTÍCIAS
Em culinária, o termo massas pode referir-se a um dos seguintes conceitos:
  1. A mistura de farinha com líquidos usada para fazer pão,1 bolos ou outros alimentos geralmente cozidos no forno, ou fritos como as panquecas, os crepes e os pastéis;
  2. As massas alimentícias, como o espaguete, o macarrão,2 o cuscus ou o min da culinária oriental, que são também feitas de massa de farinha e água (e, por vezes ovos), secas e depois fervidas em água;
  3. A massa de farinha cozida em água da culinária africana.
História
Sabe-se que a massa começou a ser preparada logo que o homem descobriu que podia moer alguns cereais, misturar com água e obter uma "pasta" (ou massa), que poderia depois ser cozida ou assada. É difícil dizer onde e quando isso aconteceu.
Textos de civilizações antigas relatam que os assírios e babilônios, por volta de 2500 a.C. já conheciam um produto cozido à base de cereais e água.
A primeira referência, e mais próxima ao Ocidente, da massa cozida está no Talmude de Jerusalém. O livro que traz as leis judaicas do Século V a.C.. Em Roma, no Século VII a.C. comia-se uma papa de farinha cozida em água, chamada pultes. Com legumes e carne era chamada de puls púnica, com queijo fresco e mel, puls Júlia.
MASSAS  ALIMENTICIAS
As massas alimentícias, como o espaguete e o macarrão, são ingredientes culinários feitos com massa de farinha, geralmente de trigo, a que se dá várias formas que depois são cozidas em água e servidas com diferentes molhos.1 São equivalentes ao min da culinária oriental ou ao cuscus da culinária mediterrânica.

História das massas alimentícias

Por muito tempo se discutiu sobre que povo teria inventado o spaghetti e as massas em geral: os chineses, os árabes ou os italianos. A origem até recentemente admitida era aquela da origem árabe, na forma do spaghetti seco, a chamada Itrjia que entrou na Europa quando do domínio árabe na Sicília no século IX. Aí essa massa foi sendo mais elaborada desde sua chegada a Trabia, próxima a Palermo. A Sicília ficou sendo a "pátria" dessa iguaria até ser substituída por Nápoles já no século XVIII.
Outra teoria sobre a chegada na Itália do spaghetti atribui essa feito a Marco Polo que teria trazido essa novidade na volta de sua viagem à China entre 1271 e 1295. Hoje, sabe-se que já havia registros de spaghetti e maccheroni (macarrão) na península anteriores a essa data.
Pesquisas do Instituto de Geologia e Geofísica da Academia de Ciências de Beijing2 sob o comando do Prof. Houyuan Lu mostraram que, embora os mais antigos registros escritos em chinês acerca do spaghetti datassem dos anos 25 a 220 DC, durante a Dinastia Han "Oriental", essa massa alimentícia era bem mais antiga. Houyauan Lu escavava no sítio arqueológico de Lajia, província Qinghai, noroeste da China. O local fora destruído por uma catástrofe inesperada – provavelmente, um terremoto, uma enchente de rio ou ambos no final do Neolítico. No local estava o macarrão dentro de uma vasilha virada de cabeça para baixo, que estava soterrada, a cerca de três metros da superfície. Tratava-se de um precursor do spaghetti.
Os árabes teriam sido apenas o veículo da entrada na Europa dessa invenção chinesa. Na Itália, foram encontrados sinais deste tipo de alimento em frescos etruscos do século IV a.C. e nas ruínas de Pompeia, juntamente com outros objetos chineses, demonstrando que a rota da seda tinha sido estabelecida pelo menos no século I a.C..

Fabrico das massas alimentícias

As formas de massas alimentícias vão desde lâminas como para lasanha, a canudos como o macarrão,serevem de fios de diferentes espessuras, como o spaghetti ou a aletria ou ainda pequenas figuras como letras, pevides, conchas, espirais e muitas outras. Para fazê-las, a massa pode ser “estendida” com um rolo da massa até ficar da espessura desejada e depois cortada de várias formas; as formas cilíndricas são geralmente feitas numa máquina parecida com a máquina de picar, em que se faz passar a massa por uma placa com orifícios de diferentes tamanhos e formas. Depois de preparada, a massa pode ser imediatamente cozinhada – a massa fresca – ou seca num forno pouco quente, para lhe retirar a maior parte da água, sem modificar o amido – esta massa seca pode ser guardada sem se estragar durante vários meses.
Para além da massa básica, composta apenas de farinha, água e sal, as massas alimentícias podem também ser coradas, quer com corantes artificiais, quer adicionando à massa básica puré de espinafre ou de cenoura, podem ser enriquecidas com ovo e podem ainda ser recheadas, como nos ravioli.
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9 - MOCOTÓ
Mocotó-cardápio em 23/08/2014
O mocotó (no Brasil, palavra originária do quimbundo mukoto, "pata de animal" (Dicionário Houaiss), ou mão-de-vaca (em Portugal), é um prato tradicional baseado em patas cozidas sem casco ou extremidades de bovinos.
História no Brasil
Mocotó do Rio Grande do Sul com diversos acompanhamentos: salsinha, ovo picado, azeitona picada, molho de pimenta, vinho, entre outros.
O prato foi sendo criado no Brasil devido aos seus ingredientes ricos e nutritivos e de baixo custo aproveitados quando do abate de gado tanto nas regiões pecuárias como nos matadouros dos centros urbanos. Este prato tem sua origem bem remota, advindo da tradição portuguesa, que fazia o caldo de mão-de-vaca, sendo é muito conhecida as Tripas à moda do Porto. Na Espanha, por sua vez, um prato semelhante e também muito típico e antigo são os Callos a la madrileña.
No século XIX, na cidade do Rio de Janeiro era anunciado o "caldo de mão de vaca" para a primeira refeição do dia. Esse hábito virou tradição na capital carioca e até hoje é comum os bares e botequins daquela cidade oferecerem o caldo de mocotó em canecas ou pequenas tigelas de porcelana branca.
É comum encontrar outra explicação, sem fundamentação histórica de que, na época das charqueadas, os escravos a faziam para seu sustento, quando as partes do boi desprezadas pelos patrões, como pata, úbere, tripa grossa, e outros pedaços por serem considerados menos nobres, eram recolhidas pelos escravos, que as limpavam e as colocavam a ferver. Esse tipo de explicação popular também às vezes, da mesma forma se refere à criação da feijoada brasileira.
A receita básica do mocotó leva, além do mocotó cozido, pedaços de linguiça, feijão branco, ovos cozidos picados, tempero verde e outros ingredientes, como pimenta malagueta, toucinho e azeitonas.
No Rio Grande do Sul, o mocotó é especialmente saboreado no inverno, em virtude de ser um prato quente, com grande fonte de calorias e ideal para as temperaturas baixas da região sul do país. Uma característica do mocotó gaúcho é que além da pata bovina é acrescido de dobradinha (mondongo, no Rio Grande do Sul) como elemento fundamental do prato, além de tripa (intestino) e a coalheira (um dos estômagos bovinos).
MOCOTÉ:
p0repasra-se da mesma maneira que o mocotó.Os ingredientes e as quantidades são os mesmos somente substituindo-se o feijão branco por canjica.Não é necessário socar a canjica depois de cozida.(do livro Comida Gaúcha-cozinhando com Mestre Leite pág 49.Editora martins Livreiro - 6ª Edição.
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10 - PANQUECA
Panqueca é um tipo de massa frita em pouco óleo sobre uma chapa ou frigideira quente, feita basicamente com ovos, farinha e leite. Existem muitas variações estatais de panquecas, algumas contendo fermento ou outros ingredientes.
Os pasteis estilo americano levam geralmente mel ou xarope de bordo como molho, acrescentando um sabor especial e doce às panquecas, ou American Pancakes, como são chamadas nos Estados Unidos.
Na maioria dos países da América do Sul e Central, as panquecas são um prato totalmente diferentes das panquecas norte-americanas. Elas são salgadas e, embora também levem o ovo como ingrediente principal, são enroladas e servidas com recheio de carne, atum ou frango. Outra diferença é que vão à mesa no almoço, e não no café-da-manhã (pequeno almoço) ou ao lanche.

11 - PIROGUE
Conheça o pirogue, prato salgado típico polonês e muito fácil de fazer
Tradição dos imigrantes poloneses faz sucesso em SC no natal.
Pierogi
é um tipo de pastel cozido originário da Polônia e oeste da Ucrânia, onde é chamado Perohe.
Pierogi  são pasteis de massa primeiro cozidas e depois assadas ou fritas, normalmente na manteiga com cebolas, tradicionalmente recheados com batata, chucrute, carne moída, queijo ou frutas. Proveniente do centro e do leste europeu, eles têm formato normalmente semicircular, mas em algumas culturas podem ser retangulares ou triangulares.

Ingredientes

Pierogi pode ser recheado (exclusivamente ou em várias combinações) com purê de batatas, queijo, repolho, chucrute, carne, cogumelos, espinafre, ou outros ingredientes dependendo da preferência. Pierogi podem ser servidos em forma de sobremesa com o recheio de frutas frescas, como cereja, morango, pêssego, ameixa ou maçã; ameixa seca também é utilizado. Creme de leite pode também ser adicionado à mistura.
O recheio mais popular na cozinha polonesa é de purê de batatas com requeijão (ricota) e cebola frita. Um recheio popular para pierogi no Canada é purê de batata com queijo Cheddar. 1
Modo de preparo
Para a massa, coloque o trigo, os ovos, o sal e a água até dar um ponto consistente, de maneira que dê para esticar no rolo. Sove bem e estique.
Depois de aberta, a massa deve ter cerca de dois milímetros de espessura. Se ficar muito fina, pode furar durante o cozimento.
Para preparar o recheio, basta misturar a batata cozida e amassada, a ricota, a nata, a salsinha e o sal. Na hora de montar, corte a massa em círculos, recheie e feche. A receita rende aproximadamente 50 pirogues.
Depois de cozinhar por 10 minutos, adicione o molho preferido. Na colônia, o pirogue de nata é o mais apreciado. Para cobrir aproximadamente 10 pirogues, derreta 100 gramas de nata e tempere com sal a gosto.

Pierogi nas diferentes regiões

Polônia

Pierogi são servidos em uma grande variedade de formas e sabores (indo do doce para o salgado e até mesmo apimentado) na Culinária da Polônia, sendo considerado o prato nacional da Polônia. Pierogi era tradicionalmente uma comida do interior, mas eventualmente se tornou popular em todas as classes sociais. Eles são servidos em vários festivais, fazendo um importante papel como prato cultural. No Festival do Pierofi de 2007 na Cracóvia, 30.000 pierogi foram consumidos diariamente. Pierogui doce é comumente servido com creme de leite, e o salgado é servido com molho de bacon e pedaços de bacon. Os poloneses tradicionalmente servem dois tipos de pierogi para a ceia de Natal. Um deles é servido com chucrute e cogumelos, e outro menor recheado apenas com cogumelos é servido na sopa de beterraba.
Pierogi é provavelmente o único prato polonês que tem o seu próprio santo patrono. "Swiety Jacek z pierogami!", (St. Hyacinth e o seu pierogi!) é uma antiga expressão de surpresa, com alguma similaridade ao "Nossa senhora!" ou "Santo Deus!". A origem desta expressão é desconhecida.

Brasil

O pierogi é bastante conhecido em regiões do Sul do Brasil colonizadas por imigrantes polacos e ucranianos do oeste (rutenos), sobretudo no Paraná, onde pode ser encontrado na mesa dos milhares de descendentes de eslavos, em restaurantes típicos, e mesmo em barracas nas feiras de rua de Curitiba e em em diversos municípios do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul: Ponta Grossa, Irati, Prudentópolis, Araucária, Contenda, Ariranha do Ivaí, Mallet, São João do Triunfo, São Mateus do Sul, União da Vitória, Canoinhas, Rio Azul, Rio Negro, Tijucas do Sul, Itaiópolis, Rio Negrinho, Papanduva, Mafra entre outros. Além da cidade de Áurea que é considerada a "Capital Polonesa dos Gaúchos".
Ingredientes
Recheio

1 quilo de batata cozida e amassada
1 quilo de ricota
300 gramas de nata
Cebolinha, salsinha e sal a gosto
Massa
1 e ½ quilo de farinha de trigo
2 ovos inteiros
3 gemas
½ litro de água
1 colher de sopa de sal
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12 - PUCHERO GAÚCHO


Termo da culinária espanhola que designa uma panela de cerâmica, ou ferro fundido, com um pé de cerca de 30 cm, e mais 30 cm da panela propriamente dita. O diâmetro é de cerca de 1 palmo. Nessa panela, eram colocados os ingredientes regionais, e cozidos lentamente, no calor da lareira. Por essa razão, as receitas de puchero são muito variadas.

O puchero, tradição da culinária gaúcha, deve ser servido como prato único. Ele tem como ingrediente principal a carne de peito, geralmente desprezada pela cozinha mais sofisticada.

 Puchero é um tipo de ensopado preparado na Argentina, Uruguai e Espanha, especificamente na região da Andaluzia e Ilhas Canárias.

O puchero é uma preparação à base de carnes e embutidos, legumes, verduras, que são cozidos juntos, e com temperos, na mesma panela. É uma preparação característica de vários países. Na Espanha, é chamado puchero ou cocido, sendo o mais conhecido o cocido madrileño. O Puchero é a versão espanhola para o cozido português.

1 porção = 1 prato fundo (587.0g)
número de porções = 10
Valor nutricional e calórico por porção
calorias = 371 kcal
carboidratos = 51.33 g
proteínas = 28.52 g
lipídios = 7.56 g
Ingredientes
- 3 cebolas cortadas em pedaços grandes
- 4 dentes de alho picados
- 1/2 Kg de carne de peito bovino sem osso
- 1/2 Kg de carne de peito bovino com osso
- 2 batatas médias picadas
- 2 batatas doces médias picada
- 1/2 mandioca picada
- 1/2 abóbora japonesa picada
- 1/2 cenoura picada
- 2 espigas de milho
- 3 chuchus picados
- 1/2 repolho picado
- 2 maços de couve picada
Modo de Preparo
Num caldeirão com água, coloque a cebola e o alho. Quando começar a ferver, acrescente as carnes cortadas em pedaços, deixando cozinhar por aproximadamente 1 hora, ou até formar um caldo consistente. Adicione aos poucos os vegetais, deixando a couve para o fim. Desligue o fogo quando as verduras e os legumes estiverem cozidos e sirva a seguir.
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13 - VACA ATOLADA
Uma receita especial para os dias de temperaturas mais baixas, a vaca atolada é tradicional na mesa gaúcha. A origem do prato é discutida. Há quem defenda que compõe o cardápio da cozinha caipira mineira, enquanto outros afirmam que surgiu
na cozinha campeira do Rio Grande do Sul. O importante é que o prato, à base de costela bovina e aipim, está presente na culinária brasileira.
 Da o nome vaca atolada, ou seja, costela de vaca atolada na mandioca.
É muito popular em estados como Rio Grande do Sul,Minas Gerais, Santa Catarina e Pernambuco .
Tropeiros valeparaibanos carregavam no embornal carne mergulhada na gordura, o que garantia alimento por um bom tempo, sem deteriorar. Ao longo das trilhas colhiam mandioca, assim podendo misturá-las e cozinhar junto com as carnes, uma comida forte e boa para dias mais frios da serra.
Ao se dirigirem às Minas Gerais, transpondo a Serra da Mantiqueira por terrenos íngremes, frios, irregulares, úmidos e principalmente nos períodos de chuva, o que tornava o solo alagadiço, o gado encalhava e não prosseguia, havia então o momento de remanejamento dos animais, o descanso da tropa e sua alimentação. Assim sendo, foi batizado esse alimento como Vaca Atolada.
No entanto, a receita de Vaca Atolada é tradicionalmente feita com costelas de boi, uma carne que não era aproveitada para compor a comida dos viajantes, e nem servia para fazer o charque ou carne seca. Mas provavelmente é que seja uma comida preparada após o abate do gado, cozinhando as costelas e sua gordura com pedaços de aipim e cebolas.

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